segunda-feira, 3 de setembro de 2018



Estamos na reta final do nosso curso, chegando à linha de chegada. Assim toda a caminhada até aqui servirá como bagagem para trilhar essa nova etapa que é o estágio obrigatório. Nosso estágio tem como finalidade aplicar novos conhecimentos adquiridos durante o curso, nos desacomodando de nossas práticas habituais de dia – a – dia em sala de aula.
Meu estágio será realizado em minha própria turma de 4º ano , onde sou a regente desde o inicio do ano letivo. Atualmente sou concursada 40h na Prefeitura de Canoas, onde nesse ano possuo essa turma de 4º ano, com 29 alunos, em uma turma bem homogênea, porém com alguns casos bem pontuais de dificuldades de aprendizagem e no turno inverso realizo projetos com as turmas de 2º ano.
Embora lecione a mais de 12 anos e já realizei estágio no magistério pelo Dom Diogo de Souza, sempre é diferente, cada turma é uma turma e cada ano é diferente. Mesmo com todos os desafios sou uma apaixonada pela profissão. Após   a conclusão do curso trabalhei na Educação infantil durante 4 anos, onde aprendi na prática o quanto é importante ensinar brincando, e como deve ser prazeroso para ambos ( professor X aluno) a aprendizagem. Todas essas vivencias tornaram – se experiências.
     “Quando imaginamos uma sala de aula em um  processo interativo, estamos acreditando que todos terão possibilidade de falar, levantar suas  hipóteses e nas negociações chegar a conclusões que ajudem o aluno a se perceber parte de um processo dinâmico de construção.”  
                                                                                                                           Vygotski  
O primeiro passo de qualquer prática educativa é a observação, mesmo a turma sendo minha, parar e observa- los como trabalham com os outros professores, como é a postura diante das diferentes situações, como realizam as atividades propostas, acabam contribuindo para que minhas aulas sejam de outra forma. Além disso, colocamos em prática todos os conhecimentos adquiridos nas interdisciplinas durante o curso.
Nesse caso me remete as leituras realizadas sobre “VER” e “OLHAR”. O olhar, remete à atividade e às virtudes do sujeito, perscruta e investiga, indaga a partir e para além do visto e parece sempre originar-se da necessidade de “ver de novo” (ou ver o novo), como intento de “olhar bem”, sempre direcionado e atento, tenso e alerta. O ver, já é uma discrição e passividade, denota um olho dócil, quase desatento que parece deslizar sobre as coisas, as espelha e registra, reflete e grava, conota ingenuidade no vidente, evoca espontaneidade, sugerindo contração ou rarefação da subjetividade...
A observação é um recurso utilizado em muitas pesquisas na área de educação. Existem modos diferentes de realizar observações, conforme a sistematicidade envolvida no ato de observar e principalmente no lugar que o observador ocupa na realização de sua observação.
* Observação simples ou descritiva: ocupa-se na descrição dos elementos presentes na cena observada. O observador conta sobre o que observou, descrevendo o que está presente, por exemplo, o mobiliário, as pessoas, etc. Esse tipo de observação aproxima-se do que trabalhamos com a ideia de "ver". É um momento preliminar do processo de observação, no qual aprendemos a afinar nossa visão para os elementos presentes ao nosso redor. Na descrição nos detemos aos elementos presentes e não incluímos reações pessoais do observador, ou seja, descrevemos o que vemos, não o que sentimos ou pensamos ao realizar a observação.
 No caso minha observação é descritiva canaliza diversos pré – conceitos que tinha de meus alunos e me auxiliam a entender um pouco o como se dá o processo de aprendizagem do que eles precisam verdadeiramente.


Referências:
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. SP, Martins Fontes, 1988.
CARDOSO, Sérgio. O olhar viajante (do etnólogo). In: NOVAES, Adauto (et al). O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 347-351.


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