quinta-feira, 31 de maio de 2018



Análise - Reflexão
De acordo com o texto de Hara, podemos refletir sobre as práticas de escolarização, para suprir as demandas básicas de jovens e adultos sem a alfabetização consolidada. Sendo assim, muitos grupos e leis foram criadas, para garantir a falta de escolarização com qualidade para todos.
Fica claro que para o ensino de adultos os desafios são bem diferentes do que para crianças e adolescentes. Através dos estudos de Paulo Freire, podemos ter uma visão mais abrangente de como levar o conhecimento aos adultos de forma significativa, principalmente quando se é professor de alunos pequenos há tanto tempo.
Para Paulo freire a alfabetização é como um ato de conhecimento. E sem dúvidas para adultos isso faz todo o sentido, pois o adulto possui uma bagagem , experiências de vida que já foram vivenciadas e praticadas mesmo sem a aquisição da leitura e da escrita. É possível fazer um aluno adulto refletir criticamente sobre o ler e escrever, pois diferente de uma criança, ele possui determinados entendimentos prévios através de seu imaginário, que obteve em algum momento uma relação com que está sendo mostrado , pedido e até mesmo lido. As memorias de adulto permitem fazer relações abstratas com o conhecimento que está sendo aplicado a ele, assim como estudos de Piaget nos mostra , ela possui estágios do desenvolvimento e o pensamento que demora a ser desenvolvido abstratamente, logo muito difícil de ensinar para uma criança o que é um tronco sem demostrar a imagem do tronco a ela.
É muito curioso observar um adulto sendo alfabetizado ele entende que a escrita é uma representação e possui hipóteses de como se dá essa representação, percebe que as letras são fundamentais para escrita , porém para eles muitas vezes somente as letras servem para ler. Assim como com as crianças os testes da Psicogênese de Emilia Ferreiro e Ana Teberoski, são importantíssimos para identificar os estágios da escrita. Nessa fase enquanto professor  já começamos a nos questionar : após saber o nível de escrita que meu aluno adulto está, como fazer as intervenções necessárias para que ele possa avançar?
Quando batemos nas problemáticas pedagógicas, paramos para pensar em quem é o nosso aluno. O texto já inicia falando de formações e estudos  adequadas  para os professores, pois será ele que atenderá todas as frustações trazidas de uma vida inteira desse aluno que não aprendeu a ler e nem escrever, quando criança ou jovem. Seremos os mediadores em o sujeito (aluno adulto) e o objeto (leitura e escrita). E nesse sentido que devemos mediar da melhor forma possível. Conhecer e estabelecer laços com nossos alunos é o primeiro passo manter nosso aluno seguro por aquilo que ele busca, que é o aprender.
Outro fator é a abordagem usada com esse aluno, pois ele possui entendimento e imaginação, em uma correção é possível fazê – la oralmente, pois essa compreensão um adulto possui, mas no caso de alfabetização de adultos é muito arriscado, pois o bloqueio da escrita já existe.
Interessante o texto, pois além de nos fazer refletir sobre alfabetização de adultos, nos traz exemplos claros de como proceder. Assim com no Ensino Fundamental, os diferentes portadores de textos, são o carro chefe para aquisição da leitura e escrita. A avaliação, podendo ser auto avaliação, também é belo exemplo de como podemos avaliar esse aluno.
Assim como os pequenos é um processo longo e que também possivelmente, demore 2 , 3 anos para se consolidar, mas o fato é que enquanto se trabalha alfabetização com adultos naquele momento é possível , mostrar a base para esse caminho e essa  base eles são capazes de abstrair .

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