Análise - Reflexão
De acordo com o texto de Hara,
podemos refletir sobre as práticas de escolarização, para suprir as demandas
básicas de jovens e adultos sem a alfabetização consolidada. Sendo assim,
muitos grupos e leis foram criadas, para garantir a falta de escolarização com
qualidade para todos.
Fica claro que para o ensino de
adultos os desafios são bem diferentes do que para crianças e adolescentes.
Através dos estudos de Paulo Freire, podemos ter uma visão mais abrangente de
como levar o conhecimento aos adultos de forma significativa, principalmente
quando se é professor de alunos pequenos há tanto tempo.
Para Paulo freire a alfabetização
é como um ato de conhecimento. E sem dúvidas para adultos isso faz todo o
sentido, pois o adulto possui uma bagagem , experiências de vida que já foram
vivenciadas e praticadas mesmo sem a aquisição da leitura e da escrita. É
possível fazer um aluno adulto refletir criticamente sobre o ler e escrever,
pois diferente de uma criança, ele possui determinados entendimentos prévios
através de seu imaginário, que obteve em algum momento uma relação com que está
sendo mostrado , pedido e até mesmo lido. As memorias de adulto permitem fazer
relações abstratas com o conhecimento que está sendo aplicado a ele, assim como
estudos de Piaget nos mostra , ela possui estágios do desenvolvimento e o
pensamento que demora a ser desenvolvido abstratamente, logo muito difícil de
ensinar para uma criança o que é um tronco sem demostrar a imagem do tronco a
ela.
É muito curioso observar um
adulto sendo alfabetizado ele entende que a escrita é uma representação e
possui hipóteses de como se dá essa representação, percebe que as letras são
fundamentais para escrita , porém para eles muitas vezes somente as letras
servem para ler. Assim como com as crianças os testes da Psicogênese de Emilia
Ferreiro e Ana Teberoski, são importantíssimos para identificar os estágios da
escrita. Nessa fase enquanto professor
já começamos a nos questionar : após saber o nível de escrita que meu
aluno adulto está, como fazer as intervenções necessárias para que ele possa
avançar?
Quando batemos nas problemáticas
pedagógicas, paramos para pensar em quem é o nosso aluno. O texto já inicia
falando de formações e estudos
adequadas para os professores,
pois será ele que atenderá todas as frustações trazidas de uma vida inteira
desse aluno que não aprendeu a ler e nem escrever, quando criança ou jovem.
Seremos os mediadores em o sujeito (aluno adulto) e o objeto (leitura e
escrita). E nesse sentido que devemos mediar da melhor forma possível. Conhecer
e estabelecer laços com nossos alunos é o primeiro passo manter nosso aluno
seguro por aquilo que ele busca, que é o aprender.
Outro fator é a abordagem usada
com esse aluno, pois ele possui entendimento e imaginação, em uma correção é
possível fazê – la oralmente, pois essa compreensão um adulto possui, mas no
caso de alfabetização de adultos é muito arriscado, pois o bloqueio da escrita
já existe.
Interessante o texto, pois além
de nos fazer refletir sobre alfabetização de adultos, nos traz exemplos claros
de como proceder. Assim com no Ensino Fundamental, os diferentes portadores de
textos, são o carro chefe para aquisição da leitura e escrita. A avaliação,
podendo ser auto avaliação, também é belo exemplo de como podemos avaliar esse
aluno.
Assim como os pequenos é um
processo longo e que também possivelmente, demore 2 , 3 anos para se
consolidar, mas o fato é que enquanto se trabalha alfabetização com adultos
naquele momento é possível , mostrar a base para esse caminho e essa base eles são capazes de abstrair .