segunda-feira, 29 de abril de 2019


APRENDIZAGEM

Colocar em prática tudo que foi aprendido durante os semestres, é sem dúvidas intrigantes. As interdisciplinas mais significativas que nos identificamos, irão fazer parte de uma nova rotina que é a do estágio. Assim, relembrar as primeiras interdisciplinas é importante para nos tornar mais autônomo na nova realidade. A interdisciplina do curso: Desenvolvimento e Aprendizagem havia diversos questionamentos sobre o assunto “Aprendizagem”.
O primeiro deles era: O que é aprendizagem?  Essa pergunta nos inquietava como professor diariamente. Acredito que ainda nos inquiete, pois quando pensamos nele nos avaliamos como agentes formadores, conteudistas, uma vez que temos um cronograma anual pré – estabelecido de acordo com o ano atuante, para seguir. Assim, penso que aprendizagem é a mudança do comportamento, por conhecimentos adquiridos por estímulos, por contatos físicos e até mesmo psicológicos. Acredito que a aprendizagem, vai além do planejamento e conhecimentos acadêmicos, pois lidamos com pessoas e também temos que aprender a conviver com o diferente.
 Enfim, chegou a hora de colocar em prática todas as aprendizagens adquiridas no curso, fazer o pedido, aprimorar e reinventar nossas práticas pedagógicas é o primeiro quesito para trilhar essa etapa.
A prática pedagógica consiste em algo que não pode ser definido, apenas concebido, mudando conforme os princípios em que estiver baseada a nossa ideia. Inspirada em Freire (1986), parto de uma concepção de prática pedagógica adjetivada pelo termo dialógica em que a construção do conhecimento é vista como um processo realizado por ambos os atores: professor e aluno, na direção de uma leitura crítica da realidade. Desde essa perspectiva, a prática pedagógica pode ser pensada assim como expressa Fernandes (1999 , p.159):
[...] prática intencional de ensino e aprendizagem não reduzida à questão didática ou às metodologias de estudar e de aprender, mas articulada à
educação como prática social e ao conhecimento como produção histórica e social, datada e situada, numa relação dialética entre prática- teoria, conteúdo- forma e perspectivas interdisciplinares.

          Nesse sentido, conforme destaca Fernandes, a aula se constitui num espaço - tempo onde transitam diferentes histórias, formando uma teia de relações, em que conflitos, encontros e desencontros acontecem assim como possibilidades de construir a capacidade humana, mediada por relações dialógicas. Esse tipo de relação pedagógica não é assimétrico, no sentido de que ambos os lados: professor e aluno, ensinam e aprendem, construindo e reconstruído o conhecimento juntos. O professor aprende com o aluno, ao pesquisar sua realidade, seu desenvolvimento cognitivo e afetivo, enquanto o aluno aprende, por meio de um processo de reconstrução e criação de conhecimentos daquilo que o professor sabe, tem para compartilhar. E essa reconstrução é interessante, pois em nenhum momento o professor perde sua autoridade por aprender com os alunos, bem ao contrário estreita os laços de afinidade e cumplicidade entre professor e aluno.

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